AS POLARIDADES YIN E YANG – O Feminino e o Masculino em Nós
- Sensei Aline Keny
- 27 de fev.
- 2 min de leitura

Manifestamos a energia masculina de forma deturpada quando vivemos agitados – fazendo mil coisas ao mesmo tempo; quando agredimos com ações ou palavras; quando somos violentos; quando controlamos excessivamente, dominamos ou subjugamos. O feminino está em desequilíbrio quando somos preguiçosos ou nos sentimos cansados ao extremo sem motivo aparente; quando somos condescendentes ou nos vitimizamos (mediante pessoas ou situações); quando nos deixamos ser agredidos ou humilhados sem estabelecer limites saudáveis e amorosos. Normalmente expressar mais uma força que outra é um modo de nos proteger e amortecer da dor derivada de traumas da infância e da vida adulta (dessa e de outras existências) – dores que de algum modo, para sobrevivermos, precisaram ser embutidas no inconsciente.
Temos inúmeros bloqueios a nível consciente e também inconsciente, e compreendo que o medo é um dos sentimentos que representam o maior óbice à integração de nossa essência.
O que você rejeita te prende, a receita é amar. Yin e Yang se atraem naturalmente, é da natureza humana a necessidade de unidade e integração das polaridades. E no plano da matéria é natural que o feminino busque o masculino e vice-versa. Sejam nos relacionamentos hétero ou homossexuais, um está buscado no outro a polaridade oposta, que está em desequilíbrio dentro de si mesmo. Quanto mais elevados energeticamente, menos dependentes dos relacionamentos externos nos tornamos, pois equilibramos dentro de nós ambas as polaridades. Neste ponto o amor não é uma necessidade do outro, e sim um compartilhar, um gostar de estar perto. O outro não é uma necessidade, o amor incondicional fica mais próximo e coerente.
Os processos terapêuticos nos auxiliam a enxergar e encontrar caminhos de cura (cura de nós mesmos). Curas que vêm aos poucos, pois possuímos ritmos internos diferentes. Precisamos ser pacientes conosco, pois a natureza não dá saltos, e determinadas compreensões só chegam quando estamos prontos a elas. Aos poucos absorvemos os aprendizados, seguimos mais experientes e habilitados a relações mais harmoniosas.
O desafio mora em equilibrarmos cada polo dentro de nós, e adquirir o discernimento e a sabedoria na condução de nossas faculdades. Cada situação nos pede determinada atitude: saber a hora de falar e a hora de calar; intuir quando devemos nos recolher; correr atrás dos nossos objetivos; tomar ou não uma ação. Este é um dos motivos do nosso caminhar pela Terra – a vida, como exímia professora, nos apresenta inúmeras e abençoadas oportunidades relacionais que servem como exercícios, onde é permitido errar, recomeçar e acertar... não podemos estacionar à beira do caminho, é nos movendo que nos gabaritamos.
A meta maior é a integração interior de ambas as energias (masculina e feminina), dirigindo-nos à autorrealização e elevação à unidade de Tudo o que É.
Com amor,
Terapeuta Aline Keny
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